MAAT reabre portas, com novas exposições, visitas guiadas e conferências
A partir desta quarta, 10, já é possível voltar ao MAAT, em Lisboa. Novas exposições e uma diretora recém-chegada pretendem abrir o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia ao mundo, promovendo espaços de diálogo
A sala oval que ocupa a zona central do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia encontra-se imersa na penumbra e, pela primeira vez desde que abriu, em 2016, há espaços fechados dentro dessa nave ampla. Uma enorme instalação, feita de andaimes de ferro e paredes de tecido esticado, cresce do rés do chão até ao início da rampa elíptica, na entrada, ocupando o ar com patamares, escadas, divisões, auditórios, pontes, passagens e até um trampolim.
O labirinto artístico temporário, onde arte, visitantes e acontecimentos poderão conviver em simultâneo, chama-se Beeline e foi criado pelo estúdio SO – IL, de Florian Idenburg e Jing Liu. “Esta intervenção no espaço muda completamente o modo como experimentamos e vivemos o museu”, explica Beatrice Leanza, nova diretora executiva do MAAT. “É um novo modo de o museu se relacionar com a cidade que serve, dialogando com os visitantes e com o mundo lá fora. No fundo, é um prelúdio do que aí vem.”
Desta quarta, 10, a domingo, 14, o museu preparou uma programação especial, com conferências e visitas guiadas, para celebrar a reabertura das portas. Nesta quarta, 10, há oferta de manjericos com mensagens especiais.
Além da Beeline, a nova programação do MAAT é marcada por outras exposições que seguem o mesmo conceito de união entre o que se passa dentro e fora das paredes do museu. Numa reflexão sobre a ação que o ser humano tem no ambiente, em todos os espaços do edifício ouvir-se-ão os cantos de aves extintas ou ameaçadas. Já Memovolts presta uma homenagem à nossa História e a objetos que marcaram o quotidiano, através da exposição de peças da Coleção Património Energético da Fundação EDP, do primeiro carro elétrico (chegado a Portugal em 1973) a eletrodomésticos de vários períodos.
Por fim, numa sala adjacente à galeria oval, encontra-se The Peepshow, composta por 15 unidades de armazenamento de arte móvel, também da autoria do estúdio SO – IL, dentro das quais estão escondidos os mundos privados de 15 artistas presentes na Coleção de Artes da Fundação EDP. Espreitando através de pequenas janelas redondas, os visitantes têm um vislumbre dos seus ateliers, do tipo de música que ouvem ou dos materiais que usam. Será junto a esta exposição que a equipa da nova diretora passará
a trabalhar diariamente: “É um escritório imerso na arte”, diz Leanza.
MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia > Av. Brasília, Lisboa > T. 21 002 8130 > qua-seg, 11h-19h > €5
Fotos: Marcos Borga
Fonte: Visão 7