Lisboa vai ter placas pela cidade que explicam a história africana na capital
As primeiras serão colocadas na freguesia de Santa Maria Maior, para falar, entre outros temas, dos antigos mercados de escravos.
É uma iniciativa da Associação Batoto Yetu Portugal (BYP) que já devia ter sido implementada há dois anos, mas tal não foi possível devido à pandemia e falta de doações. No entanto, o grupo revela que em maio (mês de África) Lisboa deverá ter várias placas que contarão a história africana na capital portuguesa.
“Não temos verbas próprias, que já são relativamente pequenas, porque tivemos de suspender os nossos espectáculos [com a pandemia], então achámos que [a angariação de fundos] seria uma boa aposta, até porque isto é do domínio público. Não queríamos deixar passar esta data e adiar mais tempo um projeto de tanta relevância para a cidade”, explica José Neves, um membro da direção da associação, ao “Público”.
O principal objetivo desta medida é “dinamizar o espaço e a memória histórica africana” na cidade, dando destaque a “atuais populações portuguesas de origens africanas, que maioritariamente residem nos subúrbios da capital e nos concelhos limítrofes”. As dezenas de placas serão colocadas em alguns dos mais importantes locais das comunidades africanas desde o século XV.
Fonte: Nit