10 tendências que vão marcar o sector da Saúde até 2025
A pandemia de Covid-19 vai acelerar a colaboração entre as diferentes organizações de Saúde nos próximos cinco anos. A previsão é da Deloitte, que aponta ainda como tendências nos sectores da Saúde e Ciências da Vida até 2025 uma maior percepção dos riscos de saúde, a valorização da contribuição da ciência e a aceleração no ritmo e escala da transformação tecnológica e digitalização em todo o ecossistema da saúde.
Segundo o estudo “Life Sciences & Healthcare predictions”, a pandemia irá provocar uma nova forma de relacionamento baseada em parcerias e um maior nível de colaboração e confiança entre todas as organizações do sector, bem como uma mudança de paradigma com enfoque na prevenção da doença, necessidade de redução das desigualdades no acesso à saúde e promoção do envelhecimento saudável.
«Estas mudanças potenciam novos comportamentos em saúde, novos modelos de operação e de financiamento, colaboração mais efectiva entre os diversos agentes e novos serviços por parte de incumbentes e de novos operadores do sector, tornando todo o ecossistema de saúde mais resiliente», prevê a Deloitte.
Em termos dos avanços científicos e tecnológicos mais prováveis a curto prazo, a consultora coloca o tónico no desenvolvimento da área da genómica (ramo da genética que se dedica ao estudo dos genomas), na adoção de Inteligência Artificial e digital health e no acesso e interoperabilidade dos dados. Daqui a cinco anos, prevê a Deloitte, os países beneficiarão de informação proveniente de várias fontes de dados e usarão sistemas avançados de processamento de imagens e outras tecnologias de diagnóstico e tele-saúde para fornecer tratamentos direccionados e mais precisos. «A confluência destes factores conduzirá a que os cuidados de saúde no futuro sejam mais preditivos, preventivos, personalizados e participativos», vaticina.
Conheça as 10 previsões da Deloitte para o sector da Saúde e Ciências da Vida em 2025:
1. Dos cuidados de saúde ao envelhecimento saudável – As pessoas são incentivadas a assumir a responsabilidade pelas suas próprias escolhas de saúde e de estilo de vida;
2. Melhor saúde pública aumenta a produtividade pública – Um sistema de saúde público resiliente protege as pessoas, previne doenças e prolonga a esperança média de vida saudável;
3. Médicos mais capacitados por paradigmas de diagnóstico e tratamento – Genómica e Inteligência Artificial estão a criar uma medicina mais preditiva, preventiva, personalizada e participativa (4 P’s);
4. Quem, o quê e onde? O trabalho re-arquitectado – Os profissionais de saúde, auxiliados pela tecnologia e pela aprendizagem ao longo da sua vida, transformaram as suas formas de trabalhar;
5. Os cuidados são centrados nas pessoas, não em lugares – Modelos de cuidados integrados estão a prestar cuidados centrados no paciente e mais acessíveis, eficientes e económicos;
6. MedTech e IoMT (Internet of Medical Things) são impulsionadores cruciais de cuidados baseados em valor – Os dados conectados de dispositivos médicos permitem a gestão da saúde da população;
7. A indústria reverteu o declínio no retorno associado à Investigação & Desenvolvimento – Tecnologias avançadas de Inteligência Artificial aceleraram a descoberta de medicamentos e testes clínicos, melhorando a eficiência e eficácia e reduzindo custos;
8. Cadeias de valor de última geração são integradas na prestação de cuidados de saúde e na experiência do paciente – Convergência de processos clínicos, comerciais e de produção em rede através de cadeias de valor baseadas em dados;
9. Organizações de Saúde e Life Sciences priorizam a descarbonização – Organizações estão focadas em serem negócios sustentáveis e responsáveis;
10. Clusters de entidades em parceria aceleram a inovação – A confiança e a colaboração estão a remover os limites tradicionais e a redefinir os modelos operacionais para um ecossistema de saúde mais eficaz.