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Economia

Turismo recupera com subida de 45% das dormidas em 2021, mas fica aquém da pré-pandemia

Reino Unido continua a ser o país de origem da maioria dos turistas em 2021, seguindo-se Espanha, Alemanha e França

O setor do alojamento turístico recuperou em 2021 com as subidas para 14,5 milhões de hóspedes (+ 39,4% face a 2020) e 37,5 milhões de dormidas (+ 45,2%). Ainda assim, segundo dados preliminares publicados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), não foi suficiente para alcançar os números pré-pandemia: face a 2019, os hóspedes decresceram 46,4% e as dormidas caíram 46,6% (-10,9% nos residentes e -62,0% nos não residentes).

O Reino Unido manteve-se em 2021 como o principal país de origem dos turistas, representando 16,6% das dormidas de não residentes, o que corresponde a um aumento de 54,6% face a 2020. Espanha, Alemanha e França, com 14,3%, 11,9% e 11,8%, respetivamente, são os mercados de origem que se seguiram. Já o maior crescimento registou-se no mercado irlandês (+202,1%), polaco (+169,5%), norte-americano (+141,3%) e suíço (+102,8%). No sentido oposto, os mercados chinês (-55,6%), canadiano (-42,6%), russo (-24,2%) e brasileiro (-8,7%) foram os que mais se ressentiram, em grande medida pelos impactos das medidas restritivas de combate à covid-19 em todo o mundo.

“Entre janeiro e dezembro de 2021, as dormidas de residentes representaram 50,2% do total, significativamente acima da quota verificada em 2019 (30,1% do total)”, destaca o INE.

Ainda no ano de 2021, todas as regiões portuguesas registaram um aumento no número de dormidas. Em destaque estão os Açores (+ 118,6% face a 2020) e a Madeira (+ 79,8%). As dormidas de residentes aumentaram, como já vimos anteriormente, com maior incidência na Madeira (+ 111,3%) e nos Açores (+ 99,1%). Já os não residentes levaram também a um acréscimo significativo de dormidas nos Açores (+ 164,3%).

Ainda assim, quando comparado com 2019, todas as regiões registam uma diminuição no número de dormidas, com especial realce para a Área Metropolitana de Lisboa, com uma queda de 58,2%.

Com uma fatia de 80,7% do total das dormidas em 2021, a hotelaria apresentou um crescimento de 44,5% em (- 47,9% face a 2019). O alojamento local foi o segmento que apresentou maior crescimento, ao subir 49,9% (- 47,5% face a 2019), sendo que as dormidas em hostels aumentaram 54,3%.

As unidades de alojamento em Portugal registaram 1,1 milhões de hóspedes e 2,6 milhões de dormidas em dezembro de 2021, o que significa aumentos de 150,0% e 170,4%, respetivamente, face ao período homólogo. Apesar deste aumento significativo, quando comparado com o mês de dezembro de 2019 ainda se notam reduções de 28,9% nos hóspedes e 26,7% nas dormidas.

“Em dezembro, o mercado interno contribuiu com 1,1 milhões de dormidas (+92,6%) e os mercados externos totalizaram 1,5 milhões (+292,5%). Face a dezembro de 2019, registaram-se diminuições quer nas dormidas de residentes (-12,2%), quer nas de não residentes (-34,9%)”, detalha o INE no mesmo relatório. “Em dezembro, 36,0% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (34,8% em novembro)”, frisa.

No último mês do ano passado, houve um aumento de 177,6% nas dormidas na hotelaria (- 28,5% face a dezembro de 2019), que corresponderam a 80,2% do total. Com um peso de 15,8%, o alojamento local viu o número de dormidas sofrer um acréscimo de 151,6% (- 24,7% face a igual mês de 2019). Já o turismo rural, com uma quota de 4%, subiu 120,5% (+27,1% face a dezembro de 2019).

 

 

 

 

 

Foto: Imagem de arquivo da Ribeira do Porto | © André Rolo/Global Imagens

Fonte: Dinheiro Vivo

 

 

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