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TAP já tem uma frota com 100 aviões. Estima receber mais 10 neste ano

A companhia aérea espera transportar cerca de 17 milhões de passageiros, um milhão a mais que em 2018. Pontualidade estava nos 80% até março.

A TAP recebeu na segunda-feira, 20 de maio, o avião número 100 da sua frota: é um A330 neo. Um “dia muito especial” para a companhia aérea, como classificou o CEO Antonoaldo Neves, e que mostra a evolução da empresa. Em 2015, aquando da privatização, a companhia de avião de bandeira tinha ao seu dispor 77 aeronaves. “Estamos com um planeamento de 120 aviões; vamos ter mais uns dez [a chegar] ainda nos próximos 12 meses.

O nosso plano é de 120 aviões”, disse aos jornalistas o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves. “O planeamento em 2015 era passar de 77 para 80 aviões. De 2015 a 2019 – em quatro anos – conseguimos [alcançar uma frota com um total de] 100 e já temos em torno de 20 aviões no total encomendados”.

O líder da TAP acredita que, para já, a empresa “consegue sobreviver com a situação atual de 100 aviões, 105” às limitações existentes no aeroporto de Lisboa. “Felizmente, os aviões voam muito, não precisam de estar muitos estacionados ao mesmo tempo. Esperamos que as obras no aeroporto aconteçam num ritmo acelerado, agora que a pista foi encerrada pelo governo”. No início de maio, o governo autorizou a ANA – gestora dos aeroportos nacionais – a encerrar de forma definitiva a pista secundária do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. O encerramento desta pista, a 17/35, é necessário para que as obras de expansão da capacidade aeroportuária do aeroporto da capital – já previstas no acordo financeiro assinado entre os franceses da Vinci, que detêm a ANA, e o governo no início do ano – possam começar.

O espaço que atualmente ocupa a pista vai dar lugar a mais estacionamentos para aeronaves e mais espaço para a circulação destes. As obras incluem ainda a construção de uma nova torre de controlo e a construção de infraestruturas que vão melhorar o serviço prestado aos passageiros, nota ainda a tutela. “Agora é começar as obras para que, em dois ou três anos, possamos ter mais estacionamento no aeroporto e para que o plano de 120 aviões possa realizar-se”, remata Antonoaldo Neves.

A pontualidade foi no ano passado um dos calcanhares de Aquiles da TAP, tendo tido custos elevados para a companhia. A transportadora aérea implementou uma série de medidas para combater este problema. “Estamos bem melhor este ano que no ano passado. No primeiro trimestre do ano, a nossa pontualidade foi em torno de 80%, o que é um número bom. Tivemos um mês de abril mais difícil (…) e isso deu-se a efeitos meteorológicos e alguma carência de infraestrutura necessária para controlo de tráfego aéreo. Tivemos um radar no país fora de operação. Já foi resolvido. Estamos muito melhor no mês de maio. A TAP fez a sua parte: contratou tripulação, aeronaves de reserva. Em todos os itens que dependem da TAP estamos melhor que no ano passado”, sublinha o CEO. Aos jornalistas, o gestor sinalizou que a TAP pretende superar o número de passageiros transportados no ano passado.

As perspetivas são para transportar cerca de 17 milhões de pessoas, o que significa cerca de mais um milhão que em 2018. A TAP continua a apostar no recrutamento. Nos últimos três anos, mais de duas mil pessoas passaram a integrar a empresa. E as estimativas são para este ano recrutar entre 500 a 700 pessoas. Quanto ao verão, Antonoaldo Neves mostrou-se muito otimista, apontando que: “o verão está muito forte. As rotas novas estão muito bem. E a nossa perspetiva para o verão é bastante positiva”, sem entrar em mais detalhes. Na cerimónia desta segunda-feira estiveram presentes muitos trabalhadores da companhia bem com os acionistas, Humberto Pedrosa e David Neeleman, responsáveis pelo consórcio Atlantic Gateway – os acionistas privados da TAP -, bem como o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda.

 

Foto: Regis Duvignau/ Reuters.

Fonte: Dinheiro Vivo

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