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Empreendedorismo

Portugueses estão mais empreendedores

O empreendedorismo aumentou entre os portugueses, principalmente nos últimos dois anos, concluiu a Informa D&B através de um estudo -“10 alterações na dinâmica do tecido empresarial português na última década” – em que foram analisadas as dinâmicas dos nascimentos, encerramentos e insolvências entre 2007 e 2016.

Em 2015, foram registadas 37961 novas empresas e, em 2016, os portugueses criaram 37034 empresas. A média anual de nascimentos de empresas antes de 2015 é inferior a 25 mil empresas.

Segundo Teresa Cardoso de Menezes, directora-geral da Informa D&B, “as conclusões do estudo sobre a última década mostram transformações significativas no tecido empresarial português que se refletem, entre outros indicadores, num maior empreendedorismo, na dimensão das novas empresas e no seu perfil regional e setorial, com setores a ganhar dinamismo por troca com outros”.

No que diz respeito à iniciativa individual, registou-se um aumento na última década, em comparação com as sociedades em número de empresas criadas. Em 2016, foram criadas 16954 (49%) sociedades unipessoais, em contraste com as  11739 (36%) fundadas em 2007.

Outra das conclusões do estudo aponta para a liderança de Lisboa na criação de empresas. Em Lisboa, no ano passado, foram criadas 13533 empresas, comparativamente à zona do Norte, onde foram registadas 11182 novas empresas. Em 2007, a capital portuguesa dirigia os ganhos, tendo perdido a liderança em 2009 para o Norte, que veio a recuperar em 2016.

No que diz respeito aos processos de insolvência, registou-se uma tendência decrescente desde 2013, apesar de se ter verificado uma nova subida em 2016. Na liderança dos processos de insolvência encontra-se o setor retalhista desde o final de 2016.

O mesmo estudo indica ainda que os setores ligados ao turismo ganharam destaque na constituição de novas empresas. Apesar dos setores dos serviços e retalho ocuparem os lugares cimeiros no que respeita à constituição de empresas, as atividades relacionadas com o turismo, como o alojamento e restauração, e as actividades imobiliárias irromperam e representam agora o terceiro e quarto lugares.

A agricultura, pecuária, pesca e caça, bem como as telecomunicações, alojamento e restauração consistem nos setores que registaram um maior crescimento em número de empresas.

No período de 2007 a 2016, verificou-se que o perfil regional dos encerramentos sofreu alterações, com o encerramento de 163 mil empresas, numa média anual de 16 mil encerramentos. O pico de casos foi em 2013, com 19093 encerramentos. A média de idade com que as empresas encerram é de 11,4 anos.

O estudo indica também que se regista uma tendência de atraso das empresas nos pagamentos nos últimos dez anos.

Por fim, o relatório da Informa D&B revela que, atualmente, existem mais de 60 mil entidades ativas no setor social, por força do aumento da criação de associações. Na última década, foram criadas mais de 21 mil instituições, além de 615 cooperativas e 224 fundações.

Fonte: Jornal Econímico

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