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Passeio pelas tradições de Natal da Serra da Estrela

Há um presépio gigante no Sabugal, uma aldeia toda enfeitada de luzes em Seia, um magusto comunitário na Guarda e outros aconchegos de época entre as paisagens serranas.

 

O grande presépio do Sabugal

Comecemos esta viagem pelas tradição no Sabugal, a primeira localidade a abrir portas ao Natal. A partir da estrada que atravessa a cidade, avista-se o castelo e os imponentes troncos de castanheiros que fazem a vedação daquele que o município garante ser o “maior presépio natural”. Foi construído ao longo de quinze dias por quinze pessoas, que para ali carregaram com gruas cerca de 500 toneladas de madeira, assim como as 150 figuras de barro do Natal cristão, e ainda outras relacionadas com a história e identidade do Sabugal. Esta recriação que contempla cenas bíblicas da natividade ocupa 1.100 metros quadrados, recheados com heras e musgos, a uma escala real, fazendo com que os visitantes se sintam parte integrante do presépio.

 

(Foto: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens)

 

(Foto: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens)

 

O presépio começou por ganhar adeptos ainda quando era ainda uma pequena recriação do nascimento de Jesus, instalada junto à Câmara do Sabugal. Junto ao “castelo de cinco quinas” – dentro do qual, diz a lenda, terá ocorrido a lenda do “Milagre das Rosas entre o Rei D Dinis e a Rainha Santa Isabel” – funciona um Mercadinho de Natal, que serve de montra para exposição e venda de produtos e de artesanato local (com uma versão de venda online também). Até 9 de janeiro, há música tradicional e concertos, e ainda animação para crianças. Para saber mais, consulte aqui o programa em torno do presépio do Sabugal.

 

Uma aldeia natalícia, em Seia

Já brilha de luzes a Aldeia de Cabeça, em Seia, que cumpriu novamente este ano a tradição de “vestir” de decoração natalícia as suas casas pitorescas de xisto – que assim ficará até ao dia 2 de janeiro. Os trabalhos de fabricação dos enfeites de rua, a partir de material recolhido na floresta, levaram mais de 15 dias e foram coordenados por José Marques e Luísa Dias. Com eles, laboraram mais de dúzia e meia de habitantes da aldeia, que se reuniram diariamente no pavilhão da Junta de Freguesia para agrafar ramos de pinheiro, serrar troncos, martelar pregos.

 

(Foto: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens)

 

(Foto: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens)

 

As matérias-primas usadas foram giestas, videiras, pinheiros, folhas, canas de milho, e outros materiais naturais, provenientes de desbastes e limpezas florestais. São esses despojos da floresta que serviu para recriar os sinos de Belém, presépios e lanternas colocados em cada rua desta aldeia serrana, com pouco mais de 170 moradores.

Nesta iniciativa “Cabeça Aldeia Natal”, que assinala este ano a sua 9ª edição, os habitantes confundem-se com quem chega de visita, e as ruas ganham alegria e vida com o mercado de Natal, as tasquinhas e com as tradições e costumes que vão sendo desvendados na celebração. Há animação e atividades para todos os gostos. Quem visitar a aldeia poderá amassar o pão, aprender as artes antigas, provar os sabores mais genuínos, ouvir histórias e assistir a vários concertos.

 

 

 

 

 

Foto de Capa: Miguel Pereira da Silva/Global Imagens

Fonte: Evasões

 

 

 

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