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Cultura

O terramoto de 1755 em Lisboa: uma breve história em 5 minutos

Reza a história que o terramoto que assolou Lisboa em 1755 foi de magnitude 9, o que é impressionante, tendo em conta o que hoje sabemos do poder de destruição destes desastres naturais.

Magnitude 9! Foi assim que foi considerado o terramoto de 1755, o pior desastre natural da história de Lisboa, a que se seguiram várias réplicas, incêndios e vários maremotos que acabaram por destruir quase toda a cidade.

A tragédia aconteceu por volta das 9h30 da manhã de um sábado, quando inúmeras pessoas e famílias se dirigiam para as várias igrejas, para celebrar o Dia de Todos os Santos (Dia de Finados).

 

desenho do terramoto de 1755 em lisboa
Foto por @netflix

Ao tremor de terra devastador seguiram-se vários tsunamis e, durante cinco dias, a cidade ardeu quase por completo, com o fogo a devorar muitos edifícios.

Estima-se que neste dia, e nos seguintes, tenham falecido cerca de 60 mil pessoas, ainda que alguns relatos falem entre 10 mil e 100 mil, com cerca de 85% da cidade a ficar em ruínas.

 

mapa de Lisboa antes e durante o terramoto de 1755
Mapa de Lisboa antes e durante o terramoto de 1755 | Gravura de Mateus Sautter, Séc. XVIII

 

Destruição “quase” total

Por ser um importante porto marítimo, o terramoto de 1755 abalou toda a Europa, visto Lisboa tratar-se de uma das cidades mais antigas e povoadas do mundo.

O terramoto, os tsunamis e os incêndios destruíram mais do que casas. O Palácio Real, a ópera, a catedral e bibliotecas com mapas e diários importantes, além de magníficas obras de arte, ficaram completamente sem qualquer uso.

Os habitantes da cidade, incluindo o rei D. José I e a sua corte real, acabaram por se retirar para algumas zonas da cidade que foram menos afetadas por este desastre, acabando por viver em barracas improvisadas, sempre com terror nos olhos, tendo em conta ao que acabaram de assistir, impávidos, sem poder fazer nada.

 

Ruínas da Praça da Patriarcal, após o Terramoto de Lisboa de 1755
Ruínas da Praça da Patriarcal, após o Terramoto de Lisboa de 1755 | Foto por Jacques Philippe Le Bas, 1757/Wikimedia Commons

Lisboa, cidade de saqueadores e assassinos

Pouco tempo depois da tragédia, rapidamente se começou a tentar recuperar, sendo que, aqui e ali, as tentativas de regresso ao normal eram interrompidas por ladrões e saqueadores, que viram neste desastre uma oportunidade de também eles voltarem às suas anteriores vidas, de criminosos.

A cidade era, agora, liderada por ladrões e assassinos, que pilhavam, roubavam e assassinavam tudo o que aparecesse pela frente.

 

Ruínas da Sé de Lisboa, após o Terramoto de 1755
Ruínas da Sé de Lisboa, após o Terramoto de 1755 | Foto por Jacques Philippe Le Bas, 1757/Wikimedia Commons

 

O regresso, por Marquês de Pombal

Marquês de Pombal seria a personagem que daria a Lisboa uma nova cara.

Ministro do rei D. José I, o Marquês de Pombal foi uma das personagens principais na reconstrução da Lisboa, tendo reerguido a cidade dos escombros com novos e mais seguros edifícios.

Dava-se início a uma nova era da arquitetura, a arquitetura pombalina, da qual hoje em dia já deverás conhecer a Baixa Pombalina.

As novas estruturas implementadas pelo Marquês de Pombal são ainda hoje consideradas como uma das primeiras construções anti-sísmicas do mundo: a famosa gaiola pombalina.

 

gaiolas pombalinas
@nhabica

 

 

Foto de Capa: por Autor Desconhecido, Séc. XVII/Wikimedia Commons

Fonte: Lisboa Secreta

 

 

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