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Cultura

Maria Alice Medina e suas 13 peregrinações a Santiago de Compostela

Com mais de 20 anos que percorre o Caminho, ela compartilha suas experiências no livro “Do rock a Compostela — às vezes se ganha, às vezes se aprende”

 

“A pé, de bicicleta, a cavalo ou moto, pessoas de todas as idades, classes sociais e nacionalidades, turistas, desportistas, ou mesmo agnósticos fazem, neste Caminho, um exercício de desapego – a rota milenar a todos recebe sem restrição ou preconceito, mas o roteiro final quem fará será o seu SER!”

Quem define essa experiência é Maria Alice Medina, buscadora e peregrina na vida. Divorciada, 3 filhos, 7 netos. Formada em educação física, fisioterapeuta, acupunturista, autora do livro “Do rock a Compostela – Às vezes se ganha, às vezes se aprende”, palestrante e coaching para o Caminho a Santiago de Compostela. Percurso que já realizou 13 vezes.

Mas como o Caminho entrou na vida de Maria Alice? Vamos fazer uma retrospectiva ao ano de 1984, ano em que Maria Alice, então casada com o empresário Roberto Medina, ajudou-o na idealização do festival que iria mudar a história dos grandes festivais de música do planeta, o Rock in Rio. Maria Alice participou da concepção da primeira edição do evento em 1985 e a segunda em 1991. Por isso, ela é conhecida por todos como a mãe do Rock in Rio.

Após sair de uma relação de 28 anos com Roberto Medina, Maria Alice sentiu que era a hora de fazer sua busca pelo Caminho. Segundo a escritora, o Caminho veio através do amigo de vida e escritor Paulo Coelho, que despertou-lhe a vontade de estar fisicamente num lugar e fazer a busca pelo caminho espiritual, que já havia começado muitos anos antes. “Foram 10 anos, até conseguir chegar ao Caminho”.

A primeira peregrinação a Santiago de Compostela, foi a partir de Roncesvalles, última cidade espanhola na fronteira com a França.

“E destas 13 vezes de peregrinação o mais impactante foi mesmo a primeira vez no Caminho. A cada retorno, o Caminho se apresenta de forma diferente, eu também estou diferente. Fica na memória a solidariedade peregrina, as ajudas mútuas, pessoas do mundo inteiro, a liberdade de SER ao Caminhar, viver sem as máscaras da cidade grande. Parte de mim nunca voltou. Vive lá, por isso volto sempre a cada 2 anos” – conta Maria Alice.

Para a escritora, cada pessoa que busca fazer o Caminho vai por motivos próprios, como ser sabático, religioso, aventureiro ou desportista. “Qualquer motivo é válido para viver esta experiência que será muito transformadora. No meu caso, a busca pelo Caminho se deu após estar divorciada e ter o meu consultório estável. Eu me permiti estar 40 dias fora do Brasil para viver essa experiência com tudo e qualquer coisa que me fosse oferecida. Desejava muito estar em um lugar de total liberdade do SER”.

Com uma experiência de mais de 20 anos como peregrina ao Caminho de Santiago, Maria Alice que vive atualmente em Portugal, terra de seu pai, explica não ser preciso muita coisa para fazer a caminhada. Mas é importante uma preparação física, ter um equipamento adequado, conversar com os peregrinos experientes e principalmente se entregar ao Caminho.

“Com a minha experiência peregrina, aliada a experiência como fisioterapeuta, tenho ajudado através da minha mentoria com dicas e rituais físicos, aqueles que desejam fazer o Caminho. Tenho a alegria de acompanhar aqueles que já foram treinados por mim e observar que não tiveram maiores dificuldades e nem se machucaram, podendo viver plenamente a experiência de estarem entregues ao Caminho” – explica Maria Alice.

E com toda essa experiência, vivência peregrina e de vida, surge a ideia do livro “Do rock a Compostela – Às vezes se ganha, às vezes se aprende”.

 

Mas segundo Maria Alice a ideia não era fazer um livro de relatos pessoais, nem autobiográfico. “Já haviam me solicitado fazer um livro guia. Existem ótimos, super detalhados, e muito bem feitos com informações preciosas. Altitudes, distâncias, hoteis, bancos, etc). Eu não teria capacidade de fazer melhor. Nunca quis fazer um livro com relatos pessoais do meu caminhar, pois gosto muito de fotografia, e sempre fotografei com o meu telefone móvel. Tenho perto de 8.000 fotos do Caminho. E este livro com fotos pode traduzir minha paixão e encantamento por esta experiência”.

O livro é lúdico e não tem princípio meio e fim. Com todas as fotos identificadas, os textos de experiências vividas por Maria Alice, também apresentam as reflexões ao Caminhar. A obra, escrita em português, está também traduzida para o espanhol. No Brasil tem áudio descrição para deficiência visual, com frases da própria Maria Alice e de diversos pensadores para ajudar a introspecção ao “viajar” pelo livro. Além de um excelente presente, o livro é extremamente impactante pela imponente capa e tamanho da obra, podendo ser utilizado também, como decoração de mesa.

Os interessados em adquirirem o livro “Do rock a Compostela – Às vezes se ganha, às vezes se aprende”, podem fazer pelo site da Amazon (Brasil), Livraria da Travessa (Rio de Janeiro), Livraria Martins Fontes (São Paulo), Livraria da Travessa (Lisboa), ou com a própria Maria Alice Medina (facebook / instagram – @mariaalicemedina), que poderá fazer o envio pelo correio com os custos do porte ou entregar pessoalmente, já autografado.

 

 

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