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Mar português com o dobro da extensão

Desde o século XV que Portugal, por via marítima, deu novos mundos ao mundo, tendo o mar incrustado no seu ADN. Foi por isso que, a 11 de maio de 2009, o país entregou na Comissão sobre Limites da Plataforma Continental da ONU (Organização das Nações Unidas) uma proposta de alargamento da sua Zona Económica Exclusiva (ZEE) para poder explorar recursos naturais, sendo igualmente responsável pela gestão ambiental e preservação dessa área.

O objetivo é que a ZEE portuguesa passe dos atuais 1,7 milhões de quilómetros quadrados para 3,8 milhões – mais do dobro da área administrada atualmente. Escondidos nessa imensidão de mar por explorar estão vários tesouros: recursos vivos que poderão ser utilizados na indústria farmacêutica, hidrocarbonetos, petróleo e gás.

“A norte dos Açores, por exemplo, há uma área que esconde cobalto suficiente para suprir 25 por cento das necessidades mundiais”, justifica Manuel Pinto de Abreu, primeiro coordenador da missão de extensão da plataforma continental.

A decisão final só será conhecida daqui a um ou dois anos mas, a confirmar-se o aumento, o território português crescerá exponencialmente, passando 97% a ser mar, uma ambição com que Fernando Pessoa sonhava no seu épico poema Mensagem: “E ao imenso e possível oceano / Ensinam estas Quinas, que aqui vês/ Que o mar com fim será grego ou romano/ O mar sem fim é português”.

Fonte: Up Magazine

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