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Economia

Há 14 novas Lojas com História em Lisboa

A iniciativa da câmara municipal pretende garantir a sobrevivência do comércio tradicional na cidade.

 

Na passada sexta-feira, 23 de outubro, o programa municipal Lojas com História oficializou a distinção de 14 novos espaços em Lisboa. Esta iniciativa de apoio ao comércio tradicional inclui apoio financeiro, preservação, modernização e promoção destes lugares.

É a Câmara Municipal de Lisboa que faz a seleção dos espaços de diferentes setores a receber a distinção. No novo lote, o grupo mais representado é o das lojas de porcelanas e os restaurantes. A missão do programa é posicionar o comércio como marca diferenciadora da cidade, o que exige a articulação de várias medidas no âmbito de uma estratégia que quer ligar o planeamento urbano e elementos arquitetónicos ao património cultural e às atividades económicas.

Na lista de 14 novos espaços estão as lojas J. Garraio (Avenida 24 de Julho, número 2), de equipamentos náuticos; Vista Alegre (Largo do Chiado, número 20); Tapetes de Arraiolos Trevo (Avenida Óscar Monteiro Torres, número 33); Artemoldura (Rua Serpa Pinto, número 3A); Viúva Lamego (Largo do Intendente Pina Manique); Drogaria Oriental (Rua dos Fanqueiros, número 238), no setor de drogarias; e Livraria Ler (Rua Almeida e Sousa, número 24), no de livrarias.

Entre os restaurantes, cafés e bares, há o Restaurante Sancho (Travessa da Glória, número 14), o Restaurante Clara Jardim (Campo dos Mártires da Pátria, número 49), o Cafélia Ribeiro (Avenida de Roma, número 55), o Solar dos Nunes (Rua dos Lusíadas, número 68), o bar A Paródia (Rua do Patrocínio, número 26B), a Padaria de São Roque (Rua Dom Pedro V, número 57) e o Procópio Bar (Alto de São Francisco, número 21).

 

Lojas com história

A loja da Viúva Lamego.

Neste momento, a iniciativa já conta com mais de 100 lojas que estão isentas de pagar Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e as despesas de conservação e manutenção são consideradas a 110 por cento no apuramento do lucro tributável. Este Regime de Reconhecimento e Proteção de Estabelecimentos e Entidades de Interesse Histórico foi aprovado em 2017 e concentrou-se em proteger as lojas da liberalização de rendas, além de estabelecer também que os contratos têm proteção legal por cinco ou dez anos, dependendo do regime de arrendamento em que se encontram.

O programa  Lojas com História foi lançado pela Câmara Municipal de Lisboa em fevereiro de 2015 para evitar encerramentos do comércio tradicional no centro histórico, de lojas de tecidospastelariasmerceariasrestaurantes ou livrarias em risco de encerrar, levando consigo um pedaço da história da cidade, como a Casa Frazão, a Pastelaria Suíça e a Livraria Trindade.

Em 2017, já eram 82 as lojas distinguidas e a autarquia lançou um livro que é uma espécie de roteiro pelos espaços tradicionais da capital e que conta a história dos vários estabelecimentos centenários, revela curiosidades e tem imagens antigas e ilustrações ao longo de 304 páginas.

A edição da Tinta-da-China foi feita em parceria com uma equipa da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e está à venda, por exemplo, na Bertrand, por 32,90€. Tem fotografias históricas e cada espaço — entre retrosarias, chapelarias, óticas, farmácias e barbearias — contribuiu com alguns objetos característicos que contam a própria história dos estabelecimentos.

Hoje, são 149 as Lojas com História, cuja lista completa pode ser consultada no site oficial do programa.

 

Lojas com história

Padaria São Roque.

 

Fonte: Nit

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