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Economia

Fundação AEP lança programa para estudar e atrair jovens emigrantes

“É um projeto, na nossa opinião, de interesse nacional porque em primeiro lugar vai estudar qual a verdadeira situação dos jovens qualificados que emigraram. Fala-se muito e todos nós temos alguma sensibilidade, por amigos, por familiares, que sabemos onde estão, o que é que fazem, mas no fundo isso é uma pequena parte de uma floresta que tem que ser estudada”, afirmou à Lusa o presidente da Fundação AEP, Paulo Nunes de Almeida, à margem do momento público que se realizou diante da Reitoria da Universidade do Porto.

Com questões como “será que podem fazer cá o que fazem lá?”, o programa quer sensibilizar a opinião pública “de que é necessário agir para estancar a saída de jovens qualificados e criar condições para o empreendedorismo”.

“Houve um fluxo grande de jovens que emigraram e eu chamo a atenção que ao contrário do que às vezes as pessoas querem deixar passar nem todos os jovens emigrados emigraram por uma questão de necessidade. Muitos emigraram por opção”, declarou Paulo Nunes de Almeida.

A Fundação AEP, de acordo com o seu presidente, está “muito bem posicionada” para apoiar os jovens que pretendam regressar a Portugal “com informação, com apoio técnico, com informação sobre o sistema de incentivos, através da rede colaborativa que tem com as autarquias do país”.

“De alguma forma, este projeto [quer] criar condições para que os jovens que emigraram, que adicionaram competências àquelas que o país lhes deu, criaram mundos e redes, possam ser importantes em Portugal para dinamizar novos projetos”, afirmou Paulo Nunes de Almeida.

Entretanto, ao longo do dia a ação do lançamento de balões gerou controvérsia depois de o número de balões ter sido colocado nos 500 mil, embora a descrição do evento apontasse para “centenas”, o que levou a organização não-governamental Quercus a emitir um comunicado a apelar para que a Fundação AEP não fosse por diante com a ação e que plantasse meio milhão de árvores em vez dos balões.

“A Quercus compreende e é solidária com a necessidade e a importância de acolher estes jovens emigrantes, que tiveram que deixar as suas famílias para procurarem um futuro, e muitas vezes uma sobrevivência, contudo qualquer que seja a causa não poderá prejudicar outra, e neste caso se verifica através dos impactes ambientais associados a este tipo de eventos, muitos deles irreversíveis”, pode ler-se no documento da Quercus.

No entanto, Paulo Nunes de Almeida referiu à Lusa que “nunca passaria pela cabeça” da Fundação AEP lançar meio milhão de balões, mas sim realizar “um ato simbólico de levar uma mensagem aos jovens que emigraram” com algumas dezenas de balões.

Assim, o presidente da Fundação AEP respondeu à Quercus que estão “mobilizados para que, com o desenvolvimento deste projeto, [se possa] rapidamente preparar uma nova iniciativa que passe pela sugestão” dada por aquela ONG.

Fonte: Portugal Global

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