Exposição permanente, dos leques chineses, na Fundação Oriente
Desde tempos antigos até o século XX, os leques são considerados acessórios utilitários e funcionais, ao mesmo tempo misteriosos e sedutores. Eles representam status e servem como instrumento de comunicação social. Essas pequenas obras de arte, ricamente decoradas com cenas do cotidiano oriental, bucólicas, chinoiserie, comemorativas, monogramas e motivos vegetais, demonstram como se espalharam tanto na cultura oriental quanto na sociedade europeia.
Os leques chineses produzidos entre os séculos XVI e XIX foram comercializados ao longo dos séculos XVIII e XIX através das rotas comerciais com a Ásia estabelecidas pelas companhias das Índias Orientais. Isso resultou em uma intensificação da comercialização desses acessórios.
A fabricação de leques ocorreu em diferentes regiões da China e evoluiu esteticamente de acordo com as preferências locais e a demanda do mercado internacional. Cantão e Macau se destacaram nos séculos XVIII e XIX como importantes fornecedores de leques para o mercado europeu e americano.
Ao longo do tempo, a ornamentação dos leques foi sendo modificada para satisfazer os gostos dos compradores. Dentre os diversos tipos, merecem destaque os leques confeccionados com materiais nobres como marfim, madrepérola, tartaruga e seda. Muitas vezes, eram encomendados por clientes que buscavam peças únicas ou para celebrar alguma ocasião especial (leques comemorativos).