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Gastronomia

Doces conventuais e pizas na nova vida do Corcel

A doçaria conventual e as pizas são as grandes novidades do Corcel, café emblemático do Porto que reabriu de cara lavada e com nova equipa. Mas o espírito de snack-bar e café de bairro mantém-se.

Durante várias décadas, o Corcel foi um café que funcionou como ponto de encontro de artistas, empresários, escritores e estudantes. Ali, no Pinheiro Manso, Boavista, o convívio e as tertúlias davam vida a esta zona da cidade. Rosário Carvalho Guerra, que adquiriu o espaço e o renovou, ainda se lembra bem das tardes que ali passou e foi com algum desgosto que viu o Corcel definhar nos últimos anos.

 

Portuense, proprietária da pastelaria Briosa, em Coimbra, andou, confessa, “a namorar o café durante algum tempo”, pois não queria que um espaço tão emblemático se perdesse. No ano passado, o sonho fez-se realidade e Rosário Carvalho Guerra pôs mãos à obra. O Corcel fechou para renovação e foi agora devolvido à cidade, mais elegante, mas sem ter pedido a sua vocação de café de bairro.

 

Trouxe também novidades: doces conventuais e pizas. Para isso, fez-se valer da sua experiência na histórica Briosa, onde estes doces são a honra da casa. Além de os conhecer bem, é uma apaixonada pelas histórias por detrás dos doces, que são muitas vezes histórias de mulheres que através deles exprimiam muitas vezes uma “sensualidade” que lhes era proibida. Pastéis de Tentúgal, suspiros, castanhas de ovos, pudim das clarissas e papos-de-anjo são algumas das referências.

 

Quanto às pizas, também não fez nada ao acaso. Foi buscar o pizaiolo Fabricio Souza à conceituada pizaria Nhac Nhac. Não esqueceu também a vertente de snack-bar à moda do Porto. Não faltam francesinhas, pregos, empadas, bola de carne ou omeletas. Funciona igualmente como padaria e cafetaria, para ir tomar o pequeno-almoço ou o lanche.

A mudança funcionou. “As pessoas estão a adorar”, conta. E não tem havido mãos a medir para as receber.

 

Foto de capa:  Ana Fonseca/Global Imagens

Fonte: Evasões

 

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