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Gastronomia

Comer em conta: Cabem todos os sabores neste cantinho familiar em Guimarães

Quase uma instituição no centro da Cidade-Berço, este é um lugar onde os estrangeiros vão conhecer a autêntica comida minhota. Está na mão da família Lopes desde janeiro, com a carta a manter-se fiel ao sabor caseiro.

Numa das ruas mais movimentadas de Guimarães, este recanto de 30 lugares já tem tradição em Guimarães, mas só é da família Lopes desde janeiro. “Já tivemos outro restaurante, mas deixamos, porque era uma sociedade e como ficou sempre o gosto pela restauração, arriscamos aqui”, explica Domingos Lopes.

Ao lado, Helena Magalhães, mulher de Domingos, assinala que a família já trabalha na restauração “desde 2006”. São de Guimarães e adeptos do Vitória, como prova o cachecol bem esticado na parede de pedra que decora o espaço. O casal conta com a ajuda do filho Saulo Lopes para compor a tríade. Ali, só a cozinheira Adelaide Silva não é da família – mas é como se fosse, com experiência de 20 anos na cozinha e as receitas na ponta da língua.

“Este bacalhau vai ao forno com um molho especial, pomos o coberto com broa de milho e levamos a tostar”, revela, enquanto vai afagando as batatas a murro embebidas num azeite brilhante, o mesmo que envolve a generosa posta de bacalhau com broa que ocupa quase meio prato. Um breve olhar pela carta permite fazer jus ao nome da casa, porque nela encontramos quase 20 pratos diferentes. No menu de almoço, porém, há dois pratos por dia, de carne e de peixe, que podem ser tripas ou hambúrguer, ou pescadinha, exemplifica Helena.

Em dias certos, há petiscos especiais. À quarta e ao sábado há bolo de carne, bolo misto e de sardinha feito no forno a lenha. Serve como entrada para a refeição ou como petisco para um lanche degustado nas calmas que frequentemente se arrasta pela hora de jantar. “Ainda juntamos aqui alguma gente para os petiscos ao sábado. Também temos um presunto caseiro porque nós criamos porcos e o presunto é tratado por nós”, sublinha a gerente.

Até a pandemia virar o mundo de pernas para o ar, a maioria dos clientes eram estrangeiros. “Cerca de 90% era de fora do país. Temos muitos espanhóis, eles gostam de provar a comida tradicional e caseira desta região”, refere Helena Lopes.

Vinho de lavrador
Os vinhos da casa são comprados diretamente ao lavrador, sem passarem pela cooperativa agrícola. Assim é garantido que preserva o seu estado biológico e os clientes preferem-nos aos da carta.

O menu
Prato do dia: 5 euros
Inclui sopa, prato, bebida e pão.
Especialidades: Polvo à lagareiro, bacalhau com broa, bife de peru, picadinho, salmão grelhado.
Sobremesas: Bolo de laranja, de chocolate, molotof, maçã assada e leite-creme.

 

 

Foto de capa: Miguel Pereira/GI

Fonte: Evasões

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