fbpx
Cultura

Vagos: no Museu do Brincar joga-se ao faz de conta

Uma coleção de brinquedos que foi crescendo, tendo como pano de fundo um palacete. Bem-vindos ao Museu do Brincar, com as suas exposições de encantar crianças e adultos. Por estes dias, há uma dedicada à máscara.

 

Fantoches e marionetas, espelhos mágicos, fatos de pirata, uma pista de comboios e um túnel para explorar. Estes são só alguns atrativos do Museu do Brincar, no Palacete Visconde de Valdemouro, antigo edifício dos Paços do Concelho de Vagos. É um lugar de brincadeira e faz de conta, onde se puxa pela imaginação e se aprende quase sem dar por isso. Tudo começou há nove anos, com a coleção privada de Ana Barros, diretora geral e fundadora do museu, a par do subdiretor Carlos Rocha, ou Jackas, que é também o único Pai Natal certificado da Península Ibérica.

Tudo começou com uma coleção privada de brinquedos.
(Fotografia: Maria João Gala/GI)

 

O acervo foi sendo ampliado, e hoje reúne cerca de 22 mil peças, exibidas rotativamente – em regra, é em setembro que mudam as exposições. Uma das mais recentes procura desmistificar o uso da máscara, que tanto protege da covid-19 como integra o guarda-roupa de super-heróis. Naquelas salas também há brinquedos de outrora e casinhas com mobiliário em miniatura, onde as crianças passam muito do tempo, segundo a diretora adjunta do Museu, Ivone Vasconcelos. “Os adultos também entram e participam nas brincadeiras: põem a mesa, fazem de conta que estão a comer, penteiam-se ao espelho…”, remata, com um sorriso.

Ivone Vasconcelos mostra parte do acervo.
(Fotografia: Maria João Gala/GI)

 

Três momentos da visita:

#1 – Sala das máscaras

Esta primeira exposição, dedicada à evolução da máscara ao longo dos tempos, procura desmistificar o seu uso, explica Ivone Vasconcelos. Há exemplares de vários países, com diferentes aplicações: máscaras de meditação, de Carnaval ou da ópera de Pequim, sem esquecer as de proteção, que agora associamos à covid-19. Ao lado, surge uma máscara do doutor da peste, do século XVIII, com uma espécie de bico onde se depositava especiarias, para afastar o mau cheiro. Era conjugada com um manto longo, luvas e um bastão que garantia o distanciamento social. Nem faltam figuras de super heróis, para “defender o bem e os mais fracos – como hoje”.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

 

#2 – Escola do Estado Novo

Nesta sala, que recria uma sala de aula do Estado Novo, só vai mudando o conteúdo das vitrinas, com livros da Mocidade Portuguesa, pastas e lancheiras. Lá estão o quadro e a secretária do professor em plano mais elevado, o crucifixo, o mapa de Portugal e a cana pronta a castigar. Jackas bem se lembra de levar com ela nas unhas, por ser canhoto. E explica que a escola está aqui representada devido ao recreio, “o primeiro espaço onde as crianças brincam; até lá, eram força de trabalho”.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

 

#3 – Experiência musical

A antiga sala dos índios é agora um lugar de orquestração musical chamado “Brinclitrack”, construído pelo músico Bitocas Fernandes, de Águeda. Trata-se de uma atividade de exploração sonora, das cordas à percussão, assente em materiais do dia-a-dia, como madeiras ou tachos.

 

Brinquedos nacionais

Num corredor, há carrinhos e eletrodomésticos em miniatura que contam parte da história do brinquedo português. São artigos feitos em folha de Flandres e plástico.

(Fotografia: Maria João Gala/GI)

Foto de Capa: Maria João Gala/Global Imagens
Fonte: Evasões

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *