Projeto `Houses of Portugal` quer aumentar em 40% vendas internacionais do imobiliário português
De acordo com o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), o objetivo é que até final do projeto, que terá a duração de dois anos, o peso do investimento estrangeiro no setor passe dos atuais 23% para perto de 30%.
“Atualmente cerca de 23% de todas as transações imobiliárias em Portugal são feitas por cidadãos estrangeiros e nós achamos que há todas as condições para aumentar essa fatia de mercado do investimento estrangeiro para perto dos 30% até final do projeto”, afirmou Luís Lima em declarações à agência Lusa.
Segundo este responsável, atualmente o potencial do investimento imobiliário estrangeiro “andará perto dos cinco a seis mil milhões de euros por ano”.
Hoje apresentado no Porto, o `Houses of Portugal: Value & Style` é um projeto dinamizado em parceria pela Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) e pela APEMIP e propõe-se aumentar a notoriedade internacional da fileira da construção e do imobiliário nacional “através da implementação de campanhas coletivas e estratégicas de promoção da imagem e da visibilidade da oferta de valor junto dos prescritores, de `opinion makers` e de outras entidades influentes nos mercados externos”.
“Vai ser uma promoção no estrangeiro muito cirúrgica. Para além da tradicional promoção em missões empresariais e com a presença em feiras, como já se faz, vamos tentar em cada local de destino chegar aos `opinion makers` e às entidades e personalidades chave que nos podem ajudar a promover o país. Achamos que isso pode ajudar a alavancar ainda mais o potencial do imobiliário português”, sustentou Luís Lima.
O Brasil, França, Inglaterra e Dubai foram os quatro mercados prioritários identificados para promover o imobiliário português no âmbito deste projeto: “O Brasil porque é estratégico e tem a particularidade de comprar no país todo); o mercado francês porque é dos principais clientes e atingindo-o atingimos também o Luxemburgo, a Bélgica e a Suíça; Inglaterra porque continua a ser um mercado muito importante, nomeadamente para o Algarve, que é onde compra 90% dos ativos, mas onde vale a pena divulgar outras zonas do país; e o Dubai porque identificámos ali um potencial de crescimento bastante importante”, explicou.
Nas várias iniciativas a realizar nestes mercados, o Houses of Portugal
irá “levar a base de dados das mais de 3.000 empresas que fazem mediação imobiliária em Portugal”, o que abrange “praticamente o universo total dos ativos imobiliários que estão à venda” no país, nota a APEMIP.
Fonte: RTP