Economia

Portugal acima da média da UE nos projetos de investigação

Horizonte 2020. Taxa de sucesso dos projetos acima da média da UE e fundos captados acima dos gastos. Mas o ministro quer mais

Portugal entrou no lote dos países que efetivamente beneficiam dos fundos comunitários para a ciência. No programa-quadro Horizonte 2020 (H2020), atualmente em curso, ao captarem até agora 403 milhões de euros, os projetos nacionais já permitiram que o país recebesse mais apoios do que a fatia da sua contribuição para os 77 mil milhões de euros de orçamento comunitário para estas iniciativas. E a taxa de sucesso dos projetos nacionais está nos 13,4%, quase um ponto percentual acima da média europeia de 12,6%.

Mas para o ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, há ainda “muito trabalho a fazer”. O objetivo, garante, é que “já a partir da segunda fase do H2020 e no futuro programa, cujos termos deverão estar definidos em 2018, seja fomentada uma maior coesão”, entre os diferentes estados-membros.

Nos últimos anos, defende ao DN, tem havido concentração dos fundos em projetos “nos países do Norte e Centro da Europa”, enquanto os do Sul, devido à crise, tiveram perdas, nomeadamente “ao nível dos recursos humanos”.

A evolução da participação nacional nos programas europeus de investigação e inovação – desde a primeira edição, de 1983-87 -, bem como as perspetivas de futuro, serão temas de uma conferência que vai decorrer esta tarde, pelas 16.30, no Grande Anfiteatro do Centro de Congressos do Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Uma iniciativa conjunta da Fundação para a Ciência e Tecnologia e da Agência Nacional para a Inovação.

Projetos inovadores

No encontro serão também reveladas algumas das mais promissoras apostas, entre os recordistas 887 projetos nacionais envolvidos no primeiro triénio do H2020.

Por exemplo, ao nível da vertente da Liderança Industrial, o Ministério do Ensino Superior destaca uma película que está a ser desenvolvida por investigadores nacionais, destinada a preservar o calor das casas, que deverá permitir uma poupança energética até aos 25%.Ou ainda, ao nível dos projetos que envolvem empresas -250 participantes nacionais, 169 das quais PME – um kit de diagnóstico clínico que permitirá determinar, no espaço de horas (em vez de um a dois dias), o antibiótico mais indicado para combater uma infeção, ao determinar a suscetibilidade das bactérias.

Fonte:  DN

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