Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the cookie-law-info domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u777645271/domains/souportugal.com/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114
Pão 100% português promove produção de cereais em Portugal - SouPortugal
Gastronomia

Pão 100% português promove produção de cereais em Portugal

O presidente do Clube Português dos Cereais de Qualidade, Fernando Carpinteiro Albino, disse que o projecto nasceu em Elvas com o objetivo de congregar “toda a fileira”: a produção nacional de trigos moles (que dão origem ao pão), a indústria, que transforma o trigo em farinha, um produtor de pão e um vendedor de pão.   A parceria inicial envolveu a Cooperativa de Beja e Brinches, a empresa Gérmen Moagem de Cereais e a Panificadora Marques Filipes, apoiados pelo Clube de Produtores do Continente, mas em 2017, pretende-se alargar a produção a outros membros do clube.   Para já as 25 toneladas de trigo produzidas e transformadas em 20 toneladas de farinha deram origem a 50.000 pães certificados, feitos com cereais do Alentejo, que começam a ser vendidos nos hipermercados Continente (do grupo Sonae, o mesmo a que pertence o PÚBLICO).

Fernando Carpinteiro Albino defende que Portugal tem de voltar a apostar nos cereais porque “não se pode dar ao luxo de importar quase 100% do pão e das massas que consome” e lembra que a quase totalidade do pão consumido em Portugal é fabricado com matérias-primas provenientes do estrangeiro.   “Infelizmente, 92% do pão que todos nós consumimos é importado”, afirmou, acrescentando que Portugal importa trigo europeu, sobretudo de França e da Alemanha, mas também “muito do Canadá” o que implica grandes custos.   Segundo dados do INE, em 2015, foram importadas 1.276.000 toneladas de cereais, no valor de 264 milhões de euros, e exportadas 17.000 toneladas (grande parte devido ao arroz), o que equivale a 3,4 milhões de euros. O grau de autoaprovisionamento de cereais em Portugal é de 27%, sendo que o trigo e a cevada são aqueles que mais contribuem para a dependência dos mercados externos.

“Espero que este projecto deixe de ser um projecto para passar a ser realidade e que consigamos ter o pão com cereais de Portugal à disposição dos portugueses com os trigos do nosso Alentejo, o sítio com mais apetência para a produção de cereais”, desabafou o produtor.

 Fernando Carpinteiro Albino destacou também o papel “indispensável” da investigação neste projecto, através da Estação Nacional de Melhoramento de Plantas de Elvas, que tem “salvado” algumas variedades portuguesas e promovido melhorias da produtividade para que os agricultores obtenham “bons resultados”.   “Tem de haver uma simbiose muito grande entre a investigação e a produção para que os industriais entendam que este trigo pode fazer uma boa farinha, porque temos de fazer trigo de acordo com os interesses dos fabricantes do pão”, salientou o mesmo responsável, garantindo que os cereais nacionais “dão origem a farinhas tão boas como as importadas”. A presidente do Clube de Produtores Continente, Ondina Afonso, adiantou que o pão vai ser vendido nas 231 lojas do grupo Sonae, estando previstas a produção de 50 mil unidades até ao final deste ano e o alargamento do projecto a partir do próximo ano.   No total, as 100 toneladas de trigo produzidas foram transformadas em 75 lotes de farinha, estando ainda a ser estudado se numa segunda fase, a partir de 2017, “irá ser acrescentado ainda mais valor ao produto”.

Ondina Afonso destacou que o Continente tem apostado no reforço da produção nacional e que decidiu juntar-se à iniciativa por se tratar de “um projecto de fileira” que fomenta o conhecimento e a investigação.   Contribuir para “contrariar” o desequilíbrio da balança comercial no que diz respeito à elevada dependência externa dos cereais importados foi outro dos motivos invocados para a parceria.

Fonte: Portugal Global

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs toto situs slot situs slot situs slot situs slot situs slot situs toto jual toto jual toto jual toto jual toto