Os 12 melhores locais para visitar perto de Sintra
Vamos ser honestos: há muito para ver em Sintra sem sequer precisar de sair dos limites da vila. A quantidade de palácios, por exemplo, exige vários dias de passeio e descoberta. No entanto, e pensando nos turistas (ou nos próprios habitantes do concelho) que desejam passar mais tempo do que o normal nesta belíssima vila, resolvemos fazer a lista dos melhores locais para visitar nos arredores de Sintra.
A lista não inclui Lisboa nem nenhuma das suas muitas atracções turísticas e foca-se, sobretudo, em pequenos locais menos conhecidos do grande público a uma curta distância de carro a partir de Sintra. Perto de Sintra é possível desfrutar de praias, conhecer aldeias de pescadores, visitar aldeias tradicionais ou deslumbrar-se com toda a natureza do Parque Natural de Sintra/Cascais. Estes são os melhores locais para visitar nos arredores de Sintra.
1. Azenhas do Mar
Obra-prima da arquitectura popular, esta aldeia estende-se em socalcos pela arriba, como um presépio. O cenário pitoresco do casario enquadra uma pequena baía onde foi construída uma piscina oceânica. Foi local de férias do rei D. Carlos, da sua mulher D. Amélia e da mãe, D. Maria Pia. Em 1927 foi construída a Escola Primária, que serviu de modelo aos edifícios das escolas primárias do Estado Novo, elaborada pelo arquitecto Raul Martins. Do edifício destaca-se o painel de azulejos, com momentos ilustrativos da História de Portugal.
Faz parte da Região Demarcada de Colares, região vinícola demarcada desde 1908, caracterizada pelas vinhas em chão de areia. Antes era conhecida pelo número de azenhas – algumas ainda à vista de todos – que por ali existiam, numa de aproveitar a força das águas que ali batem, estando assim explicado o nome por que é conhecido hoje: Azenhas do Mar. Agora que a energia já não tem de ser feita de forma tão artesanal, a aldeia transformou-se num dos mais célebres postais turísticos portugueses, sobretudo nas fotografias tiradas do miradouro que existe na parte sul, de onde temos vista privilegiada para uma cascata de casario caiado que desemboca no Atlântico, segurado por uma alta arriba em forma de concha.
2. Cabo da Roca
Se for a Sintra, não pode perder uma visita ao ponto mais ocidental da Europa Continental, o Cabo da Roca. Situado na latitude 38º 47´ Norte e na longitude 9º 30´ Oeste, o Cabo da Roca é uma coordenada importante para quem navega ao longo da costa, sendo o ponto mais ocidental do continente europeu continental, facto comprovado pelo certificado que os visitantes levam como recordação.
A cerca de 150 metros do mar, aqui pode-se ter uma vista abrangente sobre a Serra de Sintra e sobre a costa, que faz valer a pena a visita. Registos históricos apontam para a existência de um forte no Cabo da Roca no séc. XVII que teve um papel importante na vigia da entrada de Lisboa, formando uma linha defensiva ao longo da costa, sobretudo durante as Guerras Peninsulares. Actualmente existem apenas vestígios, para além do farol que continua a ser um ponto importante para a navegação. Está integrado no Parque Natural de Sintra-Cascais e é um dos motivos de interesse dos percursos pedestres que aqui se podem fazer ao longo da costa.
3. Ericeira
Tradicional vila piscatória, a Ericeira desenvolveu-se muitíssimo durante o séc. XX pela crescente procura como zona de veraneio, mantendo todavia as suas características originais e uma atmosfera muito própria. Situada a cerca de 50 kms de Lisboa, numa zona de fácil acesso, as suas Praias são muito concorridas durante o verão, sendo consideradas das melhores a nível europeu para a prática de surf.
Um destaque especial merece a Praia de Ribeira d`Ilhas, onde se realiza anualmente uma das provas do Campeonato Mundial de Surf. Um passeio pela Ericeira é também uma excelente oportunidade para saborear os variados pratos de marisco e peixe fresco, especialidade gastronómica da região.
4. Mafra
Esta localidade nos arredores de Lisboa, na chamada Região “saloia”, que abastecia a capital de produtos hortícolas, é conhecida pelo imponente Palácio-convento, o maior edifício português, construído no séc. XVIII por ordem de D. João V. O Rei que ainda não tinha filhos, três anos após o seu casamento com D. Maria Ana de Áustria, prometeu aos frades franciscanos que lhes construiria um convento na localidade de Mafra, caso as suas preces para que um herdeiro nascesse, fossem atendidas. Por ocasião do nascimento de D. Maria Pia (sua filha), iniciou-se a construção do edifício, cujo projecto inicial era bastante modesto.
No entanto, e após a contratação do arquitecto alemão Ludovice o projecto sofreu alterações profundas possíveis de concretizar dado o fausto que se vivia em Portugal nessa altura, devido às riquezas provenientes do Brasil. Assim foi construído este monumento grandioso, (que além do convento para 300 frades, inclui uma basílica e um palácio real com 666 divisões), num tempo record de 1717 a 1730 para ser inaugurado na data do 41º aniversário do Rei. Anexa ao Convento, a Tapada de Mafra, adquirida por D. João V em meados do séc. XVIII, para valorizar o enquadramento do edifício, foi usada como reserva de caça, estando actualmente aberta ao público.
5. Penedo
Está situada na freguesia de Colares, em Sintra. A sua origem não está muito bem definida mas existem autores que apontam para a referência ao Penedo já no séc. XIII, mais propriamente dados de 1527. A Aldeia do Penedo conserva ainda algumas casas de traça antiga, que lhe conferem uma imagem de aldeia típica. Situada no alto de uma encosta, permite ao visitante caminhadas pelas suas ruas e ruelas íngremes e sinuosas, com passagem obrigatória pelo fontanário e pelo cruzeiro, situados bem no centro da aldeia, tal como as seculares capelas.
O Penedo é o último local do continente português onde são realizadas as tradicionais festas do “Império” ou do “Espírito Santo”, que continuam a existir nos Açores, em particular na ilha Terceira. Estas festas são designadas de Festas do Divino Espírito Santo e têm uma antiquíssima história, remontando de forma mais directa ao reinado de D. Dinis e sua mulher, a rainha Santa Isabel.
6. Aldeia da Mata Pequena
Uma dezena de habitações compõem este pequeno povoado rural, feito de paredes caiadas e de pavimentos em lajedo de pedra. A Aldeia da Mata Pequena é um paraíso que convida ao descanso e ao contacto com a natureza às portas de Lisboa. Trata-se de um tesouro da arquitectura tradicional da região saloia, em plena Zona de Protecção Especial do Penedo do Lexim, que os trabalhos de recuperação fizeram questão em preservar.
Para quem passeia ou fica hospedado na Aldeia da Mata Pequena a sensação é a de estar num museu a céu aberto, onde o modo de vida do antigamente se mantém preservado através dos cheiros, das cores e das tradições. As casas que aqui encontra são disso o melhor exemplo, resultado de muito trabalho de pesquisa e recolha que conquista cada um dos visitantes.
7. Cascais
Situada junto ao mar e tradicionalmente uma aldeia piscatória, Cascais teve um importante desenvolvimento no séc. XIV, quando era porto de escala de grande movimento para os navios que se dirigiam a Lisboa. Foi no entanto a partir da 2ª metade do séc. XIX, altura em que os banhos de mar começaram a ser apreciados, que Cascais sofreu um impulso que a transformou numa estância de veraneio muito em moda. O principal impulsionador da transformação foi o Rei de Portugal D. Luís I, que em 1870 converteu a fortaleza da cidadela na residência de verão da monarquia portuguesa.
Este exemplo foi seguido pela nobreza que aqui construiu palacetes e belíssimas vivendas onde passavam a época mais quente do ano, transformando por completo a antiga vila de pescadores. Cascais passou a atrair também os passeios dos curiosos, cujo acesso ficou mais facilitado pela inauguração da linha de Caminho de Ferro entre Pedrouços e Cascais em 1889. Hoje em dia, Cascais é uma localidade muito animada e cosmopolita, que conserva ainda o seu ar aristocrático.
8. Boca do Inferno
Um dos pontos de visita mais famosos de Cascais é a Boca do Inferno, trata-se de uma formação única nas rochas à beira do oceano. Acredita-se que antigamente este local era uma gruta que com o tempo e a força do mar acabou cedendo e deu origem ao cenário como é conhecido hoje. Actualmente a Boca do Inferno é uma cavidade a céu aberto, com uma espécie de arco por onde entra a água do mar.
Em dias de mar mais agitado pode ouvir-se o som da água a golpear as rochas, um barulho tão único que faz analogia ao nome do local. Ao chegar à Boca do Inferno é possível contemplar a beleza do lugar de cima, no entanto também há um caminho que leva ao outro lado do “arco” da cavidade, por onde entra a água. Este local é já muito próximo da água e é possível daí apreciar a vista de toda a costa rochosa.
9. Aldeia Típica José Franco
Fonte: VortexMag