Lisboa tem um jardim com esquilos aberto todo o ano
O percurso começa numa alameda de palmeiras americanas e mexicanas centenárias. Depois, basta começar a olhar com atenção para as plantas e respetivas placas informativas que se encontram em toda a área do jardim. São cerca de 600 espécies tropicais e subtropicais, de vários continentes, com «importância científica e técnica muito grande. Espécies raríssimas com estatuto de conservação elevado», explica César Garcia, botânico responsável no Jardim Botânico Tropical.
O profissional de 43 anos revela onde fica cada estufa e espécie exótica, lembrando que o jardim foi «criado para ensinar botânica aos técnicos que iam para as colónias portuguesas» no Ultramar. Daí ter, por exemplo, uma estufa de café, de espécies de goiabas, bananeiras e plantas tropicais, assim como espécies de Angola e Moçambique. Mas também plantas mexicanas e de outros países da América do Sul e da Ásia.
Antes, este tinha sido o Jardim Botânico do Ultramar, instalado no espaço privado onde se encontra o Jardim Zoológico, nas Laranjeiras. Da herança ultramarina chegaram aos visitantes vários bustos em representação de tribos africanas. A exploração deste pulmão verde, de resto, faz-se sem grandes constrangimentos, desde que respeitando a natureza. «Muitos turistas vêm para aqui comer pastéis de Belém», exemplifica César Garcia.
A primavera já não vem longe, sendo ideal para aproveitar as sombras do parque. No verão, o jardim promete voltar a ser um local para escapar ao sol e ao calor de Lisboa, com muitas sombras, bancos de descanso e casas de banho de apoio. O Jardim Botânico Tropical vai ser inteiramente renovado a partir de outubro – fruto de um investimento de 5 milhões de euros desenvolvido pela Reitoria da Universidade de Lisboa -, mas sem nunca encerrar ao público.
Fonte: Evasões