Aplicação portuguesa vai pôr Marquês de Pombal ou Pessoa a receberem turistas
Marquês de Pombal ou Fernando Pessoa vão poder receber turistas em Lisboa e Porto a partir do próximo ano graças à realidade virtual de uma aplicação criada por uma empresa portuguesa.
Carlos Morais, um dos mentores da Nimest Tech, que está presente na Web Summit à procura de investidores, explicou à Lusa que a ideia que a sua equipa desenvolveu dará aos turistas mais do que aquilo que normalmente recebem quando visitam Lisboa ou o Porto.
O conceito é simples, através da realidade virtual numa aplicação de telemóvel, os turistas são ‘recebidos’ pelo Marquês de Pombal a explicar como Lisboa foi reconstruída depois do terramoto de 1755 ou então Fernando Pessoa a falar de suas obras e da sua rivalidade com Camões sobre quem é o maior escritor português.
A intenção é ter a aplicação já a funcionar em março/abril do próximo ano, explicou Carlos Morais, pretendendo “tirar as informações históricas dos livros contadas na terceira pessoa e contar tudo na primeira através da realidade aumentada”.
“Dentro de poucos anos os telemóveis vão ser substituídos por óculos de realidade aumentada, dentro de cinco anos, talvez. Estamos já a trabalhar para que, nessa altura, quem viaje para Lisboa e tenha os óculos veja os hologramas das personagens históricas e possa interagir com eles”, contou.
De acordo com Carlos Morais o intuito da aplicação é fazer com que “a viagem dos turistas tenha um ganho maior de cultura, já que normalmente veem o país, mas não aprendem nada sobre o mesmo, só conseguem falar de paisagens, não conseguem contar histórias”.
A base da empresa tecnológica é no Porto, a primeira cidade em que estão a desenvolver a aplicação, seguindo depois para Lisboa.
“A seguir é viajar pelo mundo”, gracejou Carlos Morais, admitindo que vão tentar seguir para França, “já que é um dos países mais viajados do mundo”, e depois Itália, Grécia, Espanha e “o resto da Europa que tem uma história muito rica”.
O jovem empreendedor de 30 anos frisou ainda à Lusa que a sua ‘empresa’ promove a igualdade ao ser composta por uma equipa de dois homens e duas mulheres “numa área em que o sexo feminino não está tão representado”.
Fonte: Mundo Português