15 fantásticas escapadinhas no Alentejo
Seja uma escapadinha de fim de semana ou com ideias românticas com o seu par, o Alentejo tem muito para descobrir e desfrutar.
Alentejo desperta o fascínio e a imaginação dos portugueses e dos estrangeiros que o visitam. As suas planícies onduladas, as tradições do seu povo e as suas casas caiadas de branco são alguns dos seus pormenores mais encantadores. Para quem vive na região de Lisboa, o Alentejo é um dos locais ideias para uma escapadinha. As escapadinhas no Alentejo podem ser românticas, em família ou de fim de semana. Afinal de contas, esta região tem um pouco de tudo para oferecer a quem a visita. A paisagem bucólica, pontilhada por pequenas casas tradicionais nos montes e a paisagem ondulada de sobreiros e azinheiras proporcionam o ambiente ideal para recarregar baterias. Descubra 15 fantásticas escapadinhas no Alentejo.
1. Castelo de Vide
O castelo rodeado pelo casario branco destaca-se na paisagem e é sem dúvida a primeira surpresa para o visitante. Do alto, a paisagem alentejana adquire todo o seu esplendor. Pequenas aldeias no meio dos campos perdem-se de vista. Ali bem perto, a cerca de 20 km, espreita Marvão e um pouco mais além avistam-se terras de Espanha. Na encosta Norte, entre o Castelo e a Fonte da Vila, uma série de ruas mais estreitas delimitam o núcleo histórico da Judiaria.
A Judiaria de Castelo de Vide é um dos exemplos mais importantes da presença dos judeus no nosso país, remontando ao século XIII, tempo de D. Dinis. Aí podemos encontrar uma das melhor preservadas judiarias de Portugal, já há alguns anos incluída num programa de recuperação de edifícios e de revitalização, onde se preserva um dos maiores espólios de arquitectura civil do período gótico. Passeie-se então, ao acaso por essas ruas íngremes e estreitas e deixe-se encantar pelo charme da sua memória medieval.
2. Mértola
Onde as cegonhas vêm fazer ninho e o gracioso casario branco se debruça sobre o Guadiana, há ainda o encanto de um museu vivo à sua espera. Ter sido cidade romana, capital de um reino árabe, primeira sede da Ordem de Santiago são credenciais da sua importância na História. E sendo o porto mais a norte do Guadiana, a grande estrada do sul, levou até ao mar os pesados minérios da região.
Por isso Mértola guarda dos Romanos, Suevos, Árabes e dos Portugueses, que a tomaram em 1268, valiosos tesouros guardados em diversos núcleos museológicos. Depois de um tempo de esquecimento, a vila revitalizou-se graças à intervenção de arqueólogos que não só criaram um conceito inovador de museu aberto, como nele integraram a recuperação de artes tradicionais.
3. Estremoz
Cidade branca e nobre, Estremoz pode dividir-se em dois núcleos que marcam a sua evolução: o casario medieval junto ao castelo e, fora das muralhas, a vila moderna. Estremoz possui um rico património cultural, no qual se destaca o castelo com as suas muralhas medievais e a antiga cidadela (séc. XIII) onde está actualmente situada a Pousada Rainha Santa Isabel que faz parte da rede de Pousadas de Portugal.
Estremoz tornou-se conhecida sobretudo pela extracção e exploração do mármore branco, de grande qualidade. Na verdade, a região contribui em 90% para o facto de Portugal ser o segundo maior exportador de mármore do mundo. Igualmente famosos são os barros vermelhos da região, que deram origem aos bonecos tradicionais tão fáceis de encontrar nas lojas de artesanato da cidade.
4. Elvas
Às portas de Espanha, distando apenas 8 km (em linha recta) da cidade de Badajoz, Elvas foi a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, a cidade mais fortificada da Europa, tendo sido por isso cognominada “Rainha da Fronteira”. Visitar Elvas é uma experiência inesquecível.
Toda a cidade é dona de um património riquíssimo, contando mesmo com um imenso espólio de monumentos megalíticos, bem como um bom acervo arqueológico da época pré e romana. Da época medieval são de realçar o bonito Castelo do século XIII de Elvas, a Igreja de São Domingos ou a Igreja de São Pedro do século XII.
5. Monsaraz
Vila medieval, conseguiu manter as suas características ao longo dos séculos. Um passeio a Monsaraz é também uma viagem no tempo, pois é um local único onde ainda se consegue encontrar a paz e a tranquilidade esquecidas pelos tempos modernos. Monsaraz é, com toda a certeza, um dos mais fascinantes e belos locais de Portugal.
A sua beleza aumentou ainda mais com a conclusão da barragem do Alqueva, que fez nascer um lago gigante que se pode contemplar desde as muralhas desta histórica vila medieval. Não é por acaso que Monsaraz atrai cada vez mais turistas durante todo o ano, nacionais e estrangeiros.
6. Marvão
Entre Castelo de Vide e Portalegre, a poucos quilómetros de Espanha, encontramos a tranquila vila de Marvão, no ponto mais alto da Serra de São Mamede. O Monte de Ammaia, como era conhecido, deve o seu atual topónimo ao facto de ter servido de refúgio a Ibn Marúan, um guerreiro mouro, durante o séc. IX.
Dentro das muralhas, revela-se um bonito conjunto de arquitectura popular alentejana. Nas estreitas ruas de Marvão, descobrem-se facilmente arcos góticos, janelas manuelinas, varandas de ferro forjado embelezando as casas e outros detalhes de interesse em recantos marcados pelo granito local.
7. Évora
Coroada pela sua imponente catedral, Évora recorta-se sobre uma suave colina no vasto horizonte da planície alentejana, e guarda o seu centro histórico, rodeado de uma vasta cintura de muralhas, uma valiosa herança cultural que a UNESCO classificou de Património da Humanidade. A cidade, onde as ruas estreitas de evocação mourisca contrastam com praças inundadas de luz, assenta sobre dois milénios de história.
Caminhe a seu gosto pelas ruas, absorvendo a alma secreta que a diversidade de culturas seculares sedimentou nesta cidade do Mundo. Excelentes restaurantes, bares, esplanadas, boas lojas de arte popular, gente jovem que frequenta a sua Universidade são a expressão da dinâmica de um presente que se afirma nas raízes do passado.
8. Beja
Visitamos Beja numa atmosfera de paz e descobrimos histórias de conquistas e de amores escondidos. Começamos por visitar a Torre de Menagem do Castelo, tão importante nas lutas para defender as fronteiras de Portugal. Com 40 metros de altura e toda construída em mármore é o ex-libris de Beja. Vale bem a pena subir ao topo, admirar a cidade e a paisagem alentejana em redor. Muito próximo, fica a Igreja de Santiago, a Sé e a Igreja de Santo Amaro, onde está instalado o Núcleo visigótico do Museu Regional.
Seguindo pela Rua D. Manuel, e depois de passar em frente à Universidade, a funcionar onde era um antigo hospital, chegamos ao coração da cidade, a Praça da República. Em volta, os edifícios de fundação manuelina dão uma nota particular à praça, onde vemos um pelourinho também do séc. XVI e a Igreja da Misericórdia, uma obra renascentista de referência. Seguindo depois pela rua do Touro encontramos o Museu Jorge Vieira, um importante escultor português do séc. XX, cuja obra é conhecida pelas figuras em terracota.
9. Terena
Terena tem estatuto de vila, apesar de possuir apenas 700 habitantes, mas achamos que também merece ser incluída na lista. Terena, também conhecida por São Pedro ou São Pedro de Terena, é uma bonita vila Alentejana, pertencente ao concelho do Alandroal, situada numa bonita região onde reina a paz de espírito, próxima da Ribeira e da Albufeira da Barragem de Lucifécit, e próxima da fronteira com Espanha.
As calmas ruas de Terena são caracterizadas pela bonita arquitectura Alentejana de casario rural alvo, de faixas coloridas, e orgulhoso Património, como é visível no antigo Castelo da vila, no Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, na Igreja Matriz de São Pedro de fundação anterior ao século XIV, na bonita Igreja da Misericórdia (século XVI), na Capela de Santo António (erguida em 1657), nas Ermidas de São Sebastião, de Nossa Senhora da Conceição da Fonte Santa ou mesmo nas ruínas da Ermida de Santa Clara.
10. Arraiolos
Arraiolos é uma simpática vila alentejana, cuja fundação remonta ao séc. II a.C. O castelo medieval foi mandado construir por D. Dinis (1279-1325), tendo a povoação evoluído fora das muralhas. Do património artístico destaca-se ainda a Igreja do Salvador, do séc. XVI, com belíssimas pinturas.
O nome desta povoação é mundialmente conhecido graças aos famosos Tapetes de Arraiolos, aqui produzidos artesanalmente, sendo referidos já em documentos do séc. XVI. O tipo de desenho utilizado é delimitado em 3 épocas: a 1ª (séc. XVIII) com composições de influência dos tapetes persas, considerados dos melhores exemplares, a 2ª (séc. XVIII) com desenhos de inspiração popular como figuras ou animais, e a 3ª (finais do séc. XVIII/séc. XIX) com composições menos densas e mais estilizadas.
11. Vila Viçosa
Situada numa das regiões mais férteis do Sul de Portugal, Vila Viçosa conta no seu passado com alguns momentos importantes para a história do país. Aqui foi estabelecida a Casa dos Duques de Bragança, a família nobre mais poderosa a seguir à Casa Real. O 1º Duque de Bragança foi D. Afonso, filho ilegítimo de D. João I (1385-1433). Mas a construção do Palácio Ducal, que se pode visitar actualmente, deve-se ao 4º Duque de Bragança, D. Jaime que, no séc. XVI, muito contribuiu para o desenvolvimento da vila.
Durante as Cortes de 1646, D. João IV, 8º Duque de Bragança, coroou e proclamou padroeira de Portugal a imagem de Nossa Senhora da Conceição, venerada na igreja matriz. A partir desse momento os reis de Portugal deixaram de usar a coroa real. Vila Viçosa é conhecida pelo abundância de mármore na região, pois é extraído e explorado a partir de mais de 160 pedreiras, sendo internacionalmente conhecido (sobretudo o rosa).
12. Évoramonte
A pitoresca e deliciosa freguesia de Evoramonte (ou Évora Monte) está situada entre as formosíssimas cidades de Évora e Estremoz. Outrora de elevada importância geográfica e militar, esta vila alentejana, cujas muralhas ainda protegem os seus habitantes lá do topo, sente-se como um guerreiro ancião que pacientemente aguarda os visitantes com inúmeras histórias para lhes contar.
Da mesma forma que em outras vilas alentejanas como Marvão e Monsaraz, a Evoramonte do alto da colina praticamente parou no tempo. Chegar lá acima pode ser um desafio se for a pé mas essa vontade instala-se nos mais ousados quando se vê o castelo desde a estrada, para quem vem de Évora ou de Estremoz.
13. Santa Susana
Com arquitectura tipicamente alentejana, a aldeia de Santa Susana destaca-se pela presença de casinhas de rés-do-chão, todas caiadas de branco com barra azul e grandes chaminés. Localizada entre duas ribeiras, afluentes da margem direita da ribeira de Alcáçovas, está distanciada da sede do concelho por 15 km. Na sua envolvência tem ainda a barragem do Pego do Altar, obra hidro-agrícola, mandada edificar no Estado Novo que, além de regar os arrozais do concelho de Alcácer do Sal, constitui um espaço de lazer e descanso.
As casas são todas parecidas. Têm apenas um andar e estão caiadas de branco, com uma barra azul nas janelas e nas portas. Além disso, as moradias têm todas chaminés iguais e algumas das portas de entrada têm as iniciais dos primos Henrique e Manuel, juntamente com a data em que foram construídas. Em média, elas são pintadas de dois em dois anos, pelos próprios moradores. Até aquelas que não estão habitadas são pintadas pelos vizinhos, que têm orgulho nesta aldeia modelo da região.
14. Alegrete
Alegrete é uma bonita e pacífica freguesia Alentejana situada a mais de 480 metros de altitude, em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, no concelho de Portalegre, dona de uma antiga e rica história. De facto, este é um lugar de antiga ocupação Humana, ocupado por vários povos, tendo sido reconquistado pelo primeiro rei Português, D. Afonso Henriques, possivelmente por volta de 1160.
Alegrete localiza-se próximo da fronteira com Espanha, pelo que a sua posição geográfica sempre permitiu observar toda a envolvente na perfeição, dotando a localidade de alguma importância e desenvolvimento, como ainda hoje é visível no principal monumento da localidade: o Castelo. Vale a pena também conhecer as pacatas ruas de Alegrete, com o seu típico casario alvo de faixa colorida que alberga a verdadeira essência Alentejana, onde o tempo parece parar e as tradições vão sendo sabiamente mantidas com o passar dos anos.
15. Porto Côvo
Fonte de inspiração de poetas e cantores, Porto Côvo desde sempre encantou os seus visitantes logo num primeiro olhar. Em meados do século XVIII, Porto Covo não passava de um pequeno lugar implantado na arriba, próximo de uma pequena enseada. Sabe-se que em 1780 o pequeno povoado resumia-se a quatro casas apenas.
Apesar de cada vez mais procurada e hoje em dia com mais oferta de alojamento e comércio, as suas ruas ofuscam o visitante com as suas casas caiadas de um branco irrepreensível. Com o mar azul de pano de fundo, Porto Côvo envolve-nos pelas suas belas paisagens, seja de magníficas praias, seja de planícies tipicamente alentejanas.