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Cultura

6 coisas que não sabe sobre o passadiço mais espetacular do Gerês

O Gerês tem muitas maravilhas escondidas, desde cascatas a paisagens protegidas, mas esta é certamente uma das mais incríveis. Nos limites do Parque Nacional Peneda-Gerês, em Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, fica um passadiço perfeito para percorrer entre lagos de água e socalcos verdes, entre floresta densa e marcos históricos.

O Passadiço do Sistelo é um percurso com cerca de dez quilómetros, integrado na Ecovia do Vez. No total da Ecovia, uma das mais populares a Norte e com quase 40 quilómetros, há três percursos entre o Rio Lima, na aldeia de Jolda S. Paio, até à aldeia do Sistelo.

O percurso do Passadiço, da Ponte de Vilela até à aldeia de Sistelo (ou em sentido inverso), é conhecido por quem gosta de fazer caminhadas, mas continua a ser um segredo para a maioria dos portugueses. Num total de 10.266 metros para cada lado, ao longo de carreiros pelas margens do rio, o percurso dura três a quatro horas e é considerado um trajeto de dificuldade média, com algumas subidas e descidas acentuadas. Pode fazer a pé, a correr ou de bicicleta.

Há três possíveis paragens para tomar banho em lagoas do rio Vez e há varias empresas a organizar passeios e percursos. Alguns passeios são organizados por empresas privadas, outras pela autarquia de Arcos de Valdevez.

A próxima caminhada está marcada para o dia 25 de abril — e as inscrições já abriram.

Da próxima vez que passar pelo Gerês, já sabe: os Passadiços do Sistelo são um ponto obrigatório do seu roteiro. E para que a sua motivação cresça ainda mais, a NiT revela-lhe seis curiosidades sobre um dos maiores segredos de Portugal.

1. O concelho de Arco de Valdevez e a Ecovia do Vez, onde se insere o Passadiço do Sistelo, fazem parte da Reserva Mundial da Biosfera. Estas reservas são definidas pela UNESCO como laboratórios vivos da conservação de paisagens, ecossistemas e espécies e plataformas de investigação, monitorização, educação e sensibilização. O Rio Vez e o Rio Lima também estão integrados na lista de Sítios de Importância Comunitária da Rede Natura 2000 (Rede Ecológica da União Europeia), pela importância e raridade da sua fauna e flora.

2. Os socalcos verdes da região, junto ao rio Vez, deram-lhe a alcunha de Tibete português. Os socalcos são feitos pelo homem, trabalhados pela população, e representativos da sua relação com a natureza. De origem medieval, Sistelo viu logo o seu território organizado pela acção humana, com o homem a guardar as zonas com melhor insolação para os núcleos de espigueiros, a usar a margem do rio para a implantação de moinhos, e a aproveitar as altitudes de montanha para os estreitos socalcos e levadas onde se cultiva o milho desde o século XVI.

3. Em dezembro de 2017, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o decreto que classifica como monumento nacional a paisagem cultural da Aldeia de Sistelo. Foi o primeiro reconhecimento do género a ser atribuído em Portugal, justificado no decreto por a Paisagem Cultural de Sistelo ser “ composta por um espaço natural de superior qualidade paisagística, natural e ambiental, ao qual se soma um notável património etnográfico e histórico cuja preservação e autenticidade é fundamental garantir”.

4. O percurso dos Passadiços do Sistelo, e o trilho antes e depois do passadiço propriamente dito, permite ver o Castelo do Visconde de Sistelo, os socalcos do “Tibete”, o lavadouro, a Ponte Oitocentista, alguns moinhos abandonados, abrigos naturais antigos, antigas casas de guardas florestais. Ao longo do trilho pode ainda ver alguns dos pontos mais icónicos da região, como a Ermida de Nossa Senhora dos Aflitos e as Capelas de Santo António, São João Evangelista, Senhora dos Remédios e Senhora do Carmo e subir ao miradouro do Chã da Armada e admirar a vista panorâmica. No final do passadiço há o Parque de Merendas de Sistelo e pela região há vários alojamentos e turismos rurais.

5. A Aldeia do Sistelo foi uma uma das aldeias vencedoras do concurso “7 Maravilhas de Portugal”.Localizada no Parque Nacional da Peneda-Gerês, é famosa por suas paisagens com os tais socalcos ou terraços, onde o milho é cultivado e ainda há gado a pastar. A aldeia está muito bem preservada, com a maioria das típicas casas de granito, celeiros e lavadouros públicos renovados. A vila tem um artesanato típico, sobretudo à volta de meias de lã e aventais de lã, que fazem as maravilhas de turistas e visitantes.

6. No Parque Natural da Peneda-Geres há marcas glaciares.Todos os achados e estudos acreditam que existiram glaciares nesta região, num período em que o clima era muito mais frio. Os vestígios não são muitos, mas a passagem de antigos glaciares terá moldado as montanhas, sobretudo visível na margem direita do Rio Vez, com grandes blocos graníticos.

Fonte: Nit

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